No apagar das luzes de 2016, em meio ao movimento de ocupação de 800 escolas estaduais no Paraná, mergulhados em um misto de sobressalto com os rumos do país e a vontade de resistência espalhada pelos secundaristas, nós, Ricardo, Ana e Rosemeri, professores universitários, decidimos empreender um ciclo de palestras para debater muito do que já se escrevera sobre o Brasil. A partir do debate sobre obras de intérpretes ou cientistas, hoje avaliamos que o que nos movia era o desejo de fazer algo que nos aliviasse, em parte, da sensação de inércia, respondendo de modo resistente à percepção do avanço de violências políticas e do colapso das ideias de cidadania e Estado de direito.