Este livro desenvolve uma análise crítica literária sobre a violência que envolve as personagens negras no romance Tocaia Grande, de Jorge Amado, e o mito de fundação das cidades no Brasil, principalmente no recôncavo baiano onde é narrada a história, envolvendo disputa de terras, por volta do início do século XX.
Procurando evidenciar o despertencimento e a invisibilidade do homem negro no romance, o autor problematiza a narrativa que envolve o personagem Tição Abduim, Tição Aceso ou simplesmente negro Castor Abduim e a sua peregrinação pela obra, passando pela amizade com o libanês Fadul Abdala e toda a sorte de mulheres com as quais Tição se envolve, mas com a marca da ironia típica amadiana, na tentativa de estabelecer o encontro “amistoso” entre tipos étnicos e socialmente diferentes.