No Brasil Meridional durante o Império, As cartas e ofícios encaminhados às autoridades imperiais, sobre a presença indígena nas vilas e povoados em muitos casos terminavam com a seguinte expressão:
“Que o senhor nos mande o que for servido: Homens, armas, pólvora e chumbo.”
Uma menção tácita de que a ocupação das terras dos povos originários (os indígenas) era drasticamente fundada no conflito. Mas irá se enganar quem buscar nesse livro uma história apenas de guerras, os povos originários mantiveram políticas, estratégias e ações das mais variadas com os invasores de suas terras, as negociações para aceitarem ou não viverem nas aldeias dos povoados, as ameaças de voltar e voltar à vida do mato,
as ações conjuntas de expedições com diversos fins, como o resgate de cativos e a abertura de novos caminhos.
Armas, pólvora e chumbo, é obra de mão dupla, entre tratados, alianças e traições, entre amigos e inimigos, entre índios e não índios, é uma parte da história dos personagens sociais e históricos que ajudaram a forjar o sul do país no século XIX.