A multiplicidade teórica, metodológica e temática são ingredientes que o leitor encontrará nestes ensaios. Trata-se de ensaios¸ exatamente porque os textos se prestam à experimentação, verificando alcance e limites das teorias e metodologias. Ao mesmo tempo enveredam por temáticas desafiadoras: quais as aproximações entre Nietzsche e Foucault no campo da história? A violência política francesa na Argélia dos anos de 1954 a 1962 é contraditória com a Declaração dos Direitos Universais dos Homens? Uma exposição nazista do ano de 1937, na qual são vilipendiadas as obras modernistas, guarda alguma relação com nosso quotidiano presente? Teria um teatrólogo e autor de cenas cômicas algo a dizer sobre a escravidão no Brasil oitocentista? há algo mais a dizer sobre o contencioso entre Brasil e Inglaterra acerca do tráfico negreiro na primeira metade do XIX? Há relações entre o romantismo alemão, a historiografia e a memória contemporânea do Nazismo? Os estudos de recepção podem nos mostrar que professores recriam seu quotidiano e suas atividades em sala a partir de uma revista educativa? O quanto a mídia interfere nos corpos, afasta a morte e nos oferece prazer? Estas são algumas das indagações deste livro, as quais apontam o quanto a reflexão contemporânea sobre história política tem a nos dizer. Esperamos que o leitor o aprecie.